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SOBRE A GÊNESE DE HÁLITO DAS PEDRAS

    Lembrei Machado de Assis, depois que tive intensa correspondência eletrônica com Antonio Carlos Secchin sobre a gestação desta obra.

     Com o Mestre Antonio Carlos, aprendi a reescrever o que penso, enquanto poeta leitor de poesia, e resolvi ampliar as visões anteriores, expostas com. alegria e admiração.

     Discorro sobre a riqueza linguística de Secchin, com o aclaramento estético necessário.

    Dividi a presente antologia em quatro movimentos conceituais, cada qual constituindo uma poesia reunida do autor, porque o texto secchiniano é reflexo uno e os poemas parecem estar associados um ao outro e me foi impossível, o que seria um doloroso lamento e uma imperdoável perda ao leitor, deixar a maior parte dos poemas preteridos.

 

     As seções escolhidas representam as premissas líricas de Secchin, identificadas por este organizador. A primeira seção, com menor número de poemas, intitulada "Pedras Fundamentais", se justifica por concentrar os poemas-marco que traduzem a planta dorsal da alta literatura desenvolvida por Antonio Carlos, onde se encontram os matizes translúcidos do seu discurso.

 

 "Pedras de Fogo" elucida o pensamento e alinhava poemas extraordinários. reflexivos, metalinguísticos , musicais e imagéticos que evidenciam a criatividade secchiniana, pois o poeta e o crítico sabe que nasce do escuro a poesia que o ilumina.

    Não bastou identificar que o fogo é a autêntica revelação. Em "Pedras Polidas" tem-se o ápice de sua inventividade. É no soneto que Antonio Carlos Secchin se faz mais reluzente, poderoso, profundo e profético. A carga poética dessa seção deixará o leitor sob luzes, porque a memória das palavras levará a beleza do verso ao íntimo de cada um.

    

     O soneto O menino se admira em retrato é a imagem de escol, tão refinada que se torna transcedental. 

      "Pura Pedraria" é a joalheria de Secchin. Espécie de vitrine que exibe os poemas articulados desde o seu início como criador de literatura, como  A Ilha (1971) até Desdizer (2018), sua obra definitiva. Nesse vitral de joias, o próprio poeta esclarece : o desavisado leitor espere bem pouco de mim. O máximo que mal consigo , é chegar a Antono Secchin.

      Hálito das pedras é uma revisita apaixonada à alma visionária do grande poet carioca, que me deslumbra pela paisagem interior arcana sem exageros.

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Diego Mendes Sousa

ANCGENESE
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