top of page
SOBRE
20160424225734258737u.jpg
 LUIZ RUFFATO

  É um escritor brasileiro nascido em Cataguases, Minas Gerais,  a 4 de fevereiro de 1961. 

    É filho de um pipoqueiro e de uma lavadeira de roupas. Formou-se em tornearia-mecânica pelo Senai e trabalhou como operário da indústria têxtil, pipoqueiro e atendente de armarinho durante a juventude.Graduou-se em Comunicação pela Universidade Federal de Juiz de Fora e trabalhou em diversos jornais até se mudar para São Paulo em 1990. Em 2003, abandonou a carreira de jornalista para se tornar escritor em tempo integral.

   Seu romance Eles eram muitos cavalos, de 2001, ganhou o Troféu APCA oferecido pela Associação Paulista de Críticos de Arte e o Prêmio Machado de Assis da Fundação Biblioteca Nacional. Em 2011, com a publicação do romance Domingos Sem Deus, concluiu a pentalogia Inferno Provisório.

OBRAS

OBRAS

Apresentação

OBRAS

   O mineiro Luiz Ruffato ficou conhecido mundialmente na abertura da Feira de Frankfurt, em 2013, ao fazer um discurso de duras críticas sobre a dificuldade de ser um escritor no Brasil e de conviver com o nosso passado histórico. A literatura de Ruffato é marcada pelo protagonismo de personagens ora sem nomes próprios, reconhecidos e identificados conforme a geografia dos espaços em que vivem, como em seu “Eles Eram Muitos Cavalos”. Ora são marcados pela força de sobrenomes que carregam o patriarcado da colonização italiana no interior de Minas Gerais, como mostra a pentalogia “Inferno Provisório” em que trata do desenvolvimento do proletariado mineiro.

  Como escritor, lançou seu primeiro livro em 1998 (Histórias de remorsos e rancores); o segundo em 2000 (Os Sobreviventes), que ganhou uma Menção Especial no Prêmio Casa de las Américas, de Cuba; o terceiro em 2001, Eles eram muitos cavalos, Prêmio APCA, Prêmio Machado de Assis de Narrativa da Fundação Biblioteca Nacional e indicação para o Prêmio Jabuti; o quarto e o quinto em 2002, As máscaras singulares – poemas – e Os ases de Cataguases – ensaio. Eles eram muitos cavalos virou peça de teatro em 2003 (Mire veja, pela Companhia do Feijão, Prêmio APCA e Prêmio Shell) e está editado na Itália (Milano, Bevivino Editore, 2003), França (Paris, Métailié, 2005), Portugal (Espinho, Quadrante, 2006) e Argentina (Buenos Aires, Eterna Cadencia, 2010). Em 2005, deu início ao projeto Inferno Provisório, composto por cinco volumes, dos quais quatro já se encontram publicados: Mamma, son tanto Felice e O mundo inimigo, ambos ganhadores do Prêmio APCA e ambos lançados na França (Paris, Métailié, 2007 e 2010, respectivamente), Vista parcial da noite (2006, Prêmio Jabuti) e O livro das impossibilidades (2008, finalista do Prêmio Zaffari-Bourbon). Lançou ainda De mim já nem se lembra, em 2007, e Estive em Lisboa e lembrei de você, em 2009, finalista nos prêmios Portugal Telecom e São Paulo de Literatura, publicado também em Portugal (Lisboa, Quetzal, 2010) e no prelo na Itália (Roma, La Nuova Frontiera, 2010).

Luiz Ruffato tem histórias publicadas em revistas e antologias em francês, italiano, inglês, espanhol, croata, sueco, em Portugal e Angola.

SLIDESHOW DE ALGUMAS DAS MELHORES OBRAS 
Clique nas setas laterais para navegar

ELES ERAM MUITO CAVALOS

   Lançado originalmente em 2001, o romance Eles eram muitos cavalos tornou seu autor num grande sucesso de público e crítica. Com uma voz literária original e arrebatadora, Luiz Ruffato retrava um dia na vida de São Paulo, combinando recursos de sua formação jornalística a inovações formais e estéticas. O romance, que chega neste relançamento à sua 11ª- edição, seria ainda vencedor dos prêmios APCA e Machado de Assis. Considerado pelo jornal O Globo um dos dez melhores livros de ficção da década, está publicado em Portugal, na França, Itália, Alemanha, Colômbia e Argentina.


  O nove de maio de 2000 é um dia qualquer em São Paulo. Os habitantes seguem realizando pequenos e grandes feitos cotidianos, protagonistas de uma narrativa subterrânea, que representa, ao fim e ao cabo, o próprio tecido da cidade. Para captar essa polifonia urbana, Ruffato estruturou seu romance em 69 episódios, cada qual com registro e fôlego próprios, alternando entre poesia, discurso publicitário, música, teatro e prosa, instantâneos de uma cidade que só se move deixando para trás um rastro de esquecidos. Ao jogar luz sobre esses anônimos, o autor iluminou também as circunstâncias em que eles se confrontam, em atos que se alternam entre a solidariedade e a frieza. Doze anos depois de sua publicação, Eles eram muitos cavalos ainda é um retrato atual e doloroso da vida na grande cidade. 

 

clique8.gif

Clique para baixar o PDF

LIVRO1.JPG

"Um dos últimos romances brasileiros a fazer barulho [...]. Como uma espiral vertiginosa, [Eles eram muitos cavalos] envolve o leitor com sotaques e sangues diferentes, conflitos familiares, classes baixa e média e alta e baixa, poluição e sujeira no meio-fio, fés e orações, contos de amor e de ódio. Para não perder o fôlego nesse movimento contínuo, o melhor é sorver o livro num gole só, degustando cada experimentação feita pelo autor: do trato dado às palavras à formatação do texto.” 

O romance é marcado por uma composição em forma de mosaico, onde flashes do espaço urbano contemporâneo aparecem de maneira caótica. Ao lado destes momentos flagrados por uma escrita sempre dotada de verossimilhança em relação às vozes que a mesma pretende fazer emergir no corpo do texto, temos recortes de jornais, anúncios publicitários, receitas culinárias e diversos outros tipos de enunciados que preenchem – e porque não, poluem? – esta cidade de papel. A lógica dos media, passagens momentâneas da vida dos mais diversos tipos de habitantes da São Paulo contemporânea se (des) organizam de forma aleatória, obviamente servindo de metáfora para esta cidade impossível de ser narrada linearmente que se põe nos tempos atuais. Entre cartas, flashes do submundo, temos:

                                                                                   36. Leia o Salmo 38

                                                                                   Leia o salmo 38

                                                                                   Durante três dias seguidos

                                                                                   Três vezes ao dia

                                                                                   Faça dois pedidos difíceis

                                                                                   E um impossível

                                                                                   Anuncie no terceiro dia

                                                                                   Observe o que acontecerá no quarto dia  (RUFFATO, 2001, p. 3).

   Vemos também a exploração de diversos recursos tipográficos e outros que nos mostram uma interferência direta na materialidade da obra. Textos não justificados, uso de diversos tipos de fontes, letras em negrito, itálico; as duas páginas que antecedem a última passagem presente no livro são completamente negras. É possível perceber não só nestes procedimentos, como também nas pequenas histórias, passagens ou flashes que se encontram no texto, uma exploração não somente de uma questão relativa aos gêneros literários como também do próprio conceito de literatura. Tais passagens inclassificáveis – ora seriam contos, ora receitas de bolos e fragmentos da vida cotidiana, ora pequenos diálogos – encontram ordem somente por serem precedidas de uma numeração que se estende do número um até o sessenta e nove: apenas a última passagem da obra não possui a tal numeração. 

SITES

Sites

clique-aqui-gif-animado-3.gif

Clique nas figuras para ir para o site corespondente

site01.jpg
site02.jpg
SITE03.JPG
site04.JPG

Vídeos

CONTADOR DE VISITAS :

© 2019 Por Vera Lúcia L. Dias.  Todos os direitos reservados.

bottom of page